terça-feira, 20 de outubro de 2009

O Brasil visto de fora

Quando chegamos à Rússia, no início da VTI 2009, a 20ª da história, me lembrei que o primeiro homem a ver o mundo em que vivemos desde o espaço foi um russo, o cosmonauta Yuri Gagarin, em 12 de abril de 1961. Suas palavras foram simples e diretas: a Terra é azul!

Em Moscou, e depois em Varsóvia, a cada nova visita realizada eu me lembrava do Brasil. Impossível não comparar o modo de vida e de trabalhar da gente com o deles. Aprendemos com as diferenças que nos separam e nos surpreendemos com mais semelhanças do que poderíamos imaginar há entre brasileiros, poloneses e russos – na maneira de trabalhar, de viver e de consumir. Somos, afinal, filhos do mesmo planeta azul.

Houvesse vida na Lua e alguém de lá que a visse em noite de quarto minguante se espantaria: a Lua é branca – e recortada. Como se um filho do astro solar baixasse à Terra em pleno meio dia diria: o Sol é laranja, às vezes vermelho, e parece prestes a explodir.

A qualquer um dos 30 empresários e executivos da cadeia de abastecimento que compuseram a delegação brasileira na VTI ao Leste Europeu que perguntassem que cor de Brasil conseguiram distinguir à distância, diriam que é verde. Da cor da esperança.

Ver o nosso País estando em outro coloca em perspectiva o peso que ele tem na comparação com os demais. Certamente, aprendemos muito nessa viagem. Mas a julgar pelo número de perguntas que os tradutores nos fizeram, em nome dos dirigentes das empresas que visitamos na Polônia e na Rússia, todos querem é mesmo saber como deixamos de ser o país do futuro para virar a bola da vez.



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